Annie (Scarlett Johansson) acabou de sair da faculdade de antropologia e está em busca de uma vaguinha no mercado de trabalho. No entanto, parece que conseguir um (bom) emprego na área será uma tarefa um pouco mais difícil do que a jovem antropóloga imaginava. Além da frustração por ser rejeitada, Annie se sente incomodada por não conseguir responder à uma simples pergunta, que lhe foi feita em uma entrevista: “quem é Annie Braddock?”. Em crise por ter a sensação de não saber realmente quem é, a antropóloga resolve dar um tempo e é quando uma oportunidade simplesmente cai em seu colo: num momento impulsivo, ela aceita se tornar babá de Grayer.
Annie vê o emprego de babá em uma família típica do Upper-Eastside, em Manhattan, como uma fuga de sua realidade, que era exatamente o que ela achava que estava precisando para desvendar seu “eu”. Mas, a desculpa que a permite aceitar o trabalho, que ela julga ser relativamente fácil, é que ele se tornará seu estudo antropológico. No entanto, ser babá se revela uma atividade muito mais trabalhosa e complicada do que Annie imaginava. A narrativa do longa não é a mais original, mas é diferenciada, divertida e dá o ritmo ideal à produção.
A princípio, Diário de Uma Babá pode parecer apenas mais um filme digno de Sessão da Tarde – e, de fato, não é muito mais do que isso. No entanto, o longa traz questões um pouco mais profundas e discussões bem pertinentes, como o momento conturbado da gradução – quando você descobre que o que achava que era o fim é, na verdade, apenas o começo de uma longa e eterna batalha – e o baque de descobrir que você, na verdade, não sabe quem realmente é . Mas a questão principal do filme é nos fazer pensar no que realmente importa. Será que vale a pena viver um casamento fracassado e ter o próprio filho criado por uma estranha somente para manter uma vida glamorosa e movida a status? No final, o que era apenas férias de si mesma se transformou em respostas para muitas questões de Annie – e de outras pessoas também.
Frases:
“Na África, costumam dizer que é preciso uma aldeia para criar uma criança. Mas, para a tribo do Upper-Eastside, em Manhattan, é preciso apenas uma pessoa. A babá.” – Annie Braddock
“Meu desejo de ser uma observadora da vida estava, na verdade, me privando de ter uma.” – Annie Braddock
“Babá, você nunca mencionou que tinha uma mãe” – Sra. X
MAIS!
- Subtítulo do filme: “Mal educados, mimados, exigentes… e esses são apenas os pais”.
Título original: The Nanny Diaries
Ano: 2007
Duração: 106 minutos
Elenco: Scarlett Johansson, Laura Linney e Chris Evans
Diretor: Shari Springer Berman e Robert Pulcini
Em um tweet: Ela achou que ser babá era baba…
por Nádia Tamanaha
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